Avaliação: uma importante ferramenta de diagnóstico, planejamento e intervenção

INTRODUÇÃO

[...] Ter o poder de acertar um diagnóstico é algo infinitamente mesquinho quando comparado ao poder de ajudar um ser humano a viver com a dignidade de uma existência menos desconfortável e angustiante. (SILVA, 2003, p.174)

Levando em conta a dificuldade que os docentes têm em avaliar para diagnosticar, intervir e remeter um plano de aula, no qual possa sanar os déficits de seu aluno faz com que apareçam estudos decorrentes do tema, levando a reflexão dos profissionais da área.

A avaliação tem sido vista, por alguns docentes, como uma forma de descobrir o que o aluno não aprendeu e puni-lo por conta dessa não aprendizagem, perdendo assim, o foco em questão, onde a avaliação deveria ser um processo em que todos são avaliados em conjunto, ou seja, o docente, o conteúdo e a aprendizagem dos alunos. Esses requisitos para serem avaliados não estão sendo considerados, pois o processo de ensino atualmente realizado nas escolas se dá por meio "mecanizado", o conteúdo é transmitido não levando em conta o conhecimento prévio que o aluno possui sobre o que está em pauta no momento e cobrando de forma a não respeitar o que o aluno entendeu e sim o que foi decorado e reproduzido de acordo com a vontade de seu professor, transformando o mesmo em recipiente vazio, que o professor depois exige recolher o que foi colocado.

Na escola, genericamente falando, nem há ciência nem posicionamento social: a avaliação transformou-se, provavelmente, no mais agudo e prejudicial sintoma desta loucura que é o sistema de ensino confirmador das injustiças sociais e ineficaz em quase todos os aspectos que se analisem. (HOFFMAN, 2009, p. 8).

Dessa forma, a avaliação tem um caráter punitivo e não um caráter investigativo, através dela se deveria entender então, o erro como fonte de aprendizagem, em que alunos e professores pudessem fazer valer a relação entre aprendizagem significativa e processo de construção dessa mesma aprendizagem.

A prova é hoje apresentada nas escolas como aplicação e verificação de conteúdos aprendidos e adquiridos, se esquecem de um fator determinante já comprovado de que o aluno ao chegar em uma instituição escolar, ele não vem sozinho, ou seja, não chega como uma ‘tábula rasa'. O aluno já traz consigo uma ‘bagagem cultural', fruto do seu meio e da cultura envolvida nesse meio, com raízes que se firmam em solo fértil. A prova como forma única de investigação de conteúdos aprendidos foge do seu conceito de que: segundo o Vocabulário Fundamental de Pedagogia (Ipfling, 1974, p. 50), a avaliação realizada pelo professor tem como objetivo específico a interpretação de como seu alunado responde as apresentações dos conteúdos ministrados em sala. A avaliação, segundo a mesma fonte, vai além de mero instrumento denominado prova; ou seja, avaliar significa antes de tudo interpretar modos de conduta e das prioridades apresentadas pelos alunos, fazendo assim com que haja uma reflexão por parte do docente e o mesmo reveja ou não, suas atividades escolares e educativas. Inclui-se também além da reflexão de sua prática uma necessidade de observação prolongada do comportamento do aluno durante o ensino, no momento em que o professor realiza um levantamento de dados, fazendo uso de vários recursos durante todo o processo de avaliação da aprendizagem.

[...] Segundo, porque os estudos e pesquisas realizadas sobre avaliação, em todos os graus de ensino, permitem concluir que práticas classificatórias não têm sido exercidas em benefício dos alunos, contribuindo para o seu desenvolvimento e para a melhoria do processo de aprendizagem, mas contra os estudantes, como um eficaz instrumento de seleção e exclusão da escola. (HOFFMANN, 2009, p.14).

Hoje, em muitas instituições ainda é utilizada por muitos docentes, a prova no seu sentido literal, vindo de forma errônea para que o aluno realmente "PROVE" se aprendeu o conteúdo passado pelo professor ou não, ocorrendo em todo esse processo uma verdadeira "brincadeira de gangorra", de sobe e desce de notas, pois o professor ao avaliar o seu aluno não leva em conta as habilidades que desenvolveu dentro do currículo trabalhado em sala no decorrer do ano (expectativas de aprendizagem) e sim o que foi aprendido nos conteúdos, provocando um verdadeiro desvio do objetivo principal de uma avaliação justa e coerente com os princípios norteadores de uma educação, a qual sirva para construir a aprendizagem e não demolir, angustiar, preocupar e muitas vezes traumatizar.

Avaliar
a aprendizagem dos alunos nas séries iniciais do Ensino Fundamental, mais propriamente dito nas classes de alfabetização torna-se um recurso fundamental e necessário, no qual o professor deverá se apoiar para verificar o que o aluno já construiu como base para a aquisição da construção da leitura e da escrita e o que o mesmo ainda precisa adquirir para que essa construção aconteça. Dessa forma, o professor conhecendo o seu aluno como ser único e ímpar, poderá então realizar um trabalho e através de situações problematizadoras, intervenções periódicas, atuando como mediador da construção da aprendizagem do aluno, assim através dos agrupamentos produtivos proporcionará que o aluno avance em sua construção desenvolvendo as habilidades pertencentes ao currículo que o aluno tem. Atualmente, nas escolas públicas brasileiras são exigidas exatamente cinco avaliações no ano, ou seja, além de uma inicial, uma para cada bimestre, totalizando cinco, estas avaliações têm como objetivo verificar a aprendizagem adquirida pelo aluno, porém esse procedimento gera uma grande falha, pois o tempo é muito longo de uma avaliação para outra e o professor fica de mãos atadas sem saber o que o aluno aprendeu, qual melhor atividade preparar para que reflita, avance, progrida e qual a melhor mediação e agrupamento dependendo das circunstâncias. Sem uma prática avaliativa constante as aulas se tornam defasadas, metódicas, não se leva em conta o conhecimento individual de cada aluno, tal prática faz com que o docente trate todos os alunos de forma homogenia, um dos principais causadores do fracasso escolar nas escolas brasileiras.

A avaliação no término de cada bimestre é de caráter metódico e conceitual para simples registro burocrático não levando em conta o valor da investigação no processo do ensino-aprenizagem.

O professor muitas vezes age de maneira equivocada em sua concepção de ter tido sucesso na aprendizagem de seus alunos, pois se a Expectativa de Aprendizagem determina que os alunos do primeiro ano terminem escrevendo seu próprio nome (LER E ESCREVER, 2010, p. 24), o docente ao obter essa conquista não deverá parar seu trabalho e sim prosseguir, avançar para que o educando atinja além das expectativas pré - determinadas.

Atualizar o profissional da educação fazendo com que o mesmo entenda os rumos que deve tomar uma avaliação, na qual o docente no seu papel primordial, divino e ao mesmo templo complexo, aja de maneira sábia, avaliando constantemente seu aluno, não apenas por meio de provas, mas de todo o processo que o aluno teve, toda evolução que sofreu, mesmo que mínima; acrescentando o conceito que melhor justifique a aprendizagem, avaliando sempre ele com ele mesmo e valorizando toda e qualquer evolução, por menor que essa evolução tenha sido, sempre deverá ser valorizada, pois a construção da aprendizagem é um processo e para que esse processo aconteça, é necessário motivação e elevação de autoestima, por conta disso deve-se o professor então valorizar cada evolução que tenha acontecido durante esse processo, comemorando cada conquista e mediando cada aprendizagem para que no final do ano letivo todos os objetivos sejam cumpridos com dignidade e respeito ao pequeno, grande aprendiz.

AVALIAÇÃO: UMA IMPORTANTE FERRAMENTA DE DIAGNÓSTICO, PLANEJAMENTO E INTERVENÇÃO

É extremamente urgente que se repense o processo avaliativo no Brasil da maneira que vem sendo executada pelos profissionais da educação. Conscientizar para um novo processo avaliativo, no qual leve em consideração o aluno e seu devido valor, tornando assim a escola um ambiente socializador, dinâmico de emancipação.

[...] É necessária a tomada de consciência dessas influências para que a nossa prática avaliativa não reproduza, inconscientemente, a arbitrariedade e o autoritarismo que contestaram pelo discurso. Temos de desvelar contradições e equívocos teóricos dessa prática, construindo um "ressignificado" para a avaliação e desmistificando-a de fantasmas de um passado ainda muito em voga. (HOFFMANN, 2009, p.14).

Atualmente, o professor apoiado na sua autonomia e liberdade de cátedra, exerce um papel de centralizador do conhecimento, no qual o aluno é tratado como um recipiente vazio pronto a receber todo o conhecimento que o mesmo possa lhe passar. Quanto à avaliação não é tratada de maneira diferente, pois o conteúdo tal qual foi passado é cobrado de maneira memorizada e mecânica.

O professor toma para si suas vivências do tempo em que estudava e reproduz para seus alunos a mesma prática de seus professores, práticas nas quais se baseia em conceitos tradicionais de prova, nota, conceito, boletim, recuperação e reprovação, não levando em consideração o que o aluno já sabe e como aproveitar a prova como ferramenta de avanço da aprendizagem do mesmo.

Nos equívocos e contradições que se estabelecem em torno dessa prática, a decorrência é a dicotomia educação e avaliação. A parafernália de mitos e representações contribui para essa dicotomia. Os educadores percebem a ação de educar e a ação de avaliar como dois momentos distintos e não relacionados. E exercem essas ações de forma diferenciada. (HOFFMANN, 2009, p.17).

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A avaliação e aprendizagem bem como disse Jussara Hoffmann (2009) é vista hoje de maneira dicotômica, ou seja, como algo separado um do outro, no qual o professor apenas avalia para registrar um conceito, uma nota, não se preocupando com ocorre a aprendizagem em questão. O professor continua sua prática avançando para um novo conteúdo, sem a devida reflexão sobre o que realmente aconteceu durante o bimestre em que o aluno não respondeu satisfatoriamente e deixando o aluno por conta em sua aprendizagem. Atualmente vemos professores que se confundem na ambiguidade do sentido da avaliação/prova, a constatação e a verificação simplesmente e unicamente servem para registro, o qual é exigido pela Unidade de Ensino que o docente presta serviço.

[...] Esse professor não compreende, e com toda razão, esse segundo momento como educação. Violenta-se e cumpre a exigência da escola sem perceber que a ação de avaliar se fez presente e de forma efetiva na sua ação educativa. E que o equívoco se encontra nas exigências burocráticas da escola e do sistema. (HOFFMANN, 2009, p.18).

Constatar, verificar e registrar para prosseguir com o conteúdo são recursos utilizados nos dias de hoje, muitas vezes por falta de conhecimentos dos professores que se tornam seguros de que seu método é o correto e que se o aluno não sabe é porque não se esforçou o suficiente, que deveria ter estudado mais. Estas e muitas outras justificativas são usadas para práticas recíprocas nas escolas atualmente, ou seja, o professor, em alguns casos, "se vê num pedestal", "detentor de todo o conhecimento" e o aluno um simples receptor, que deve se esforçar para merecer tal sabedoria.

Essa maneira de se avaliar já vem sendo usada há muitos anos, sendo necessário que haja mudanças nas práticas dos profissionais de ensino, estes devem ter a avaliação como uma aliada no processo de aprendizagem, ferramenta chave para aquisição de uma possível mediação e avanço do conhecimento. Portanto, contrapor as exigências do sistema que obrigam a uma avaliação excludente e celetista é o primeiro passo a ser dado para que haja mudanças significativas.

Os exames escolares, da forma como foram sistematizados nesse período, têm aproximadamente quinhentos anos de vigência. Eles são conhecidos e utilizados a milênios (eram utilizados na China 3.000 anos antes da era cristã para selecionar soldados para o exército), mas, da forma como eles são praticados ainda hoje na escola, têm suas configurações situadas no período acima indicado. (LUCKESI, 2011, p.28).

Ainda segundo Luckesi (2011), estamos necessitando "aprender a avaliar", pois que, ainda, estamos mais examinando do que avaliando. Nosso senso comum, na vida escolar, é de examinadores e não de avaliadores.

Há uma inversão de valores ao se pensar em avaliação, pois a mesma está a serviço do aluno, ou seja, como instrumento do professor no processo de ensino-aprendizagem, diferentemente do processo avaliativo seletivo, o qual se faz presente erroneamente na maioria das concepções docentes.

Para distinguir essas duas condutas – examinar ou avaliar na escola -, basta relembrar sucintamente que o ato de examinar se caracteriza, especialmente (ainda que tenha outras características) pela classificação e seletividade do educando, enquanto que o ato de avaliar se caracteriza pelo seu diagnóstico e pela inclusão. O educando não vem para a escola para ser submetido a um processo seletivo, mas sim para aprender e, para tanto, necessita do investimento da escola e de seus educadores, tendo em vista efetivamente aprender. Por si, não interessa ao sistema escolar que o educando seja reprovado, interessa que ele aprenda e, por ter aprendido, seja aprovado. O investimento necessário do sistema de ensino é para que o educando aprenda e avaliação está a serviço dessa tarefa. Os exames, por serem classificatórios, não têm essa perspectiva; a sua função é de sustentar a aprovação ou reprovação do educando; função diversa de subsidiar um investimento significativo no sucesso da aprendizagem, própria da avaliação. (LUCKESI, 2011, p.29).

As provas, como única forma de avaliar o aluno, são carecidas de fatos e verdades, medidas como estas acabam tornando o aluno instrumento de injustiça e marginalização dentro do ambiente escolar e muitas vezes no ambiente social, devido a má fama que o mesmo ganha por não progredir bem nos estudos, sofrendo por isso com castigos dos pais e conceitos errados sobre sua capacidade.

Para Hoffmann (2009): "Um professor que não avalia constantemente a ação educativa, no sentido indagativo, investigativo do termo, instala sua docência em verdades absolutas, pré-moldadas e terminais". O processo avaliativo é constante e se serve de vários instrumentos para que haja o menor erro possível quanto aos conceitos dados aos alunos, conceitos estes que não devem ser vistos jamais como terminados e sim como um início para a concretização de uma aprendizagem e um início de um novo conhecimento que o discente deve possuir.

A escola deve ser vista como emancipadora do conhecimento e da igualdade social, onde os alunos tenham oportunidade de se manifestar, serem críticos e agirem de forma correta em seu convívio em sociedade e para com o próximo. Para PIAGET (1934) "[...] somente a educação pode salvar nossas sociedades de uma possível dissolução, violenta ou gradual". Ou seja, melhorar a qualidade de ensino em nas escolas, capacitando a classe docente para que aja de maneira a contribuir com a evolução dos alunos e com respeito recíproco para com seus semelhantes é determinante para a mudança ocorrer em todos os âmbitos, tanto escolar como na vida em sociedade.

Piaget (1949) lembra que "A coerção é o pior dos métodos pedagógicos". Muitos docentes acreditam que os alunos devem ser tratados de forma rígida, da mesma maneira que foram tratados em sua época escolar, porém é importante lembrar que os tempos mudaram e novas concepções nasceram juntas com ideias liberais, visando a igualdade e a oportunidade para todos, porém a escola também reproduz o contra de toda essa mudança, faz com que o resultado do capitalismo, a competição, a valorização dos bons seja premiada enquanto os maus, ou aqueles com mais dificuldades tenham sua reputação manchada, tornando-os marginalizados e crentes de que não são capazes.

De acordo com Luckesi (2011) "[...] Não agimos dessa forma por um desvio ético e de conduta, mas simplesmente agimos dessa forma pelo senso comum, adquirido ao longo de nossa vivência. Como estudantes, fomos examinados, agora examinamos."

É direto do aluno previsto na Constituição e no Estatuto da Criança e do Adolescente a igualdade e o respeito principalmente dentro de um ambiente como o da escola, que tem o dever de formar pessoas e dar condições e oportunidade para que se desenvolvam e tenham uma vida digna em sociedade.

Art. 15. A criança e o adolescente têm direito à liberdade, ao respeito e à dignidade como pessoas humanas em processo de desenvolvimento e como sujeitos de direitos civis, humanos e sociais garantidos na Constituição e nas leis. (Estatuto da Criança e do Adolescente, 1990).

O processo de avaliação deve ser pensado de maneira constante, levando em consideração a capacidade dos alunos e tendo em mente que qualquer um pode errar, por isso não se deve ver a avaliação como fim da aprendizagem, resultado final para conceituação dos discentes, mas sim como o ponto de partida para novas aprendizagens e mudanças de estratégias quanto ao ensino e metodologia.

[...] Sentenças irrevogáveis. Juízes inflexíveis. Réus, em sua maioria, culpados. O professor cumpre penosamente uma exigência burocrática, e o aluno, por sua vez, sofre o processo avaliativo Ambos perdem nesse momento e descaracterizam a avaliação de seu significado básico de investigação e dinamização do processo de conhecimento. (HOFFMANN, 2009, p.21).

A avaliação pode ser considerada como instrumento falho, pois o ser humano está eminentemente propício ao erro, porém Piaget (1971) diz que o erro deve ser visto como forma de construção de uma verdadeira aprendizagem, na qual o indivíduo está apto para errar e por meio do seu erro construir bases sólidas em seu conhecimento. É papel do professor por meio de avaliação verificar o conhecimento do seu aluno mediando quando necessário para que haja avanços cognitivos e para confirmações de práticas coerentes, mesmo as que não funcionaram.

Muitos fatores podem estar presentes, mas um deles pode ser nossa prática avaliativa. Podemos estar utilizando instrumentos inadequados para coletar dados sobre o seu desempenho, fator que nos conduz a enganos a respeito de nossos educandos; podemos também não estar dando atenção suficiente às necessidades dos nossos educandos; nosso educandos podem estar com mais dificuldades do que esperávamos... Podemos não estar efetivamente liderando, com entusiasmo, nosso educandos em nossas aulas. (LUCKESI, 2011, p.31).

Para Piaget (1950) "Uma verdade aprendida não é mais que uma meia verdade, enquanto a verdade inteira deve ser reconquistada, reconstruída ou redescoberta pelo próprio aluno."

Segundo Luckesi (2011) os professores elaboram suas provas para "provar" os alunos e não para auxiliá-los na sua aprendizagem; por vezes, ou até em muitos casos, elaboram provas para "reprovar" seus alunos. Toda essa perspectiva na concepção avaliativa dos docentes representa uma relação concomitante no investimento feito na qualificação dos professores e no rendimento proporcionado com as intervenções ocorrentes do processo de aprendizagem.

Atualmente, na maioria dos casos e situações, as provas são aplicadas no decorrer de cada término de bimestre, conceituando os alunos na obtenção ou não da aprendizagem. Os conteúdos passados ao aluno são cobrados recaindo sobre o mesmo toda a responsabilidade da nota que supostamente "tirou" e o mesmo arca com as consequências individualmente, tornando este um sistema avaliativo, no qual há intimidação, constrangimento e até muitos casos bloqueios e aversão à escola.

[...] As provas e exames são realizados conforme o interesse do professor ou do sistema de ensino. Nem sempre se leva em consideração o que foi ensinado. Mais importante do que ser uma oportunidade de aprendizagem significativa, a avaliação tem sido uma oportunidade de prova de resistência do aluno aos ataques do professor. As notas são operadas como se nada tivessem a ver com a aprendizagem. As médias são médias entre números e não expressões de aprendizagens bem ou malsucedidas. (LUCKESI, 2011, p.41).

[...] O medo é um fator importante no processo de controle social. Internalizado, é um excelente freio às ações que são supostamente indesejáveis. Daí, o Estado, a Igreja, a família e a escola utilizarem-se dele de forma exacerbada. O medo gera a submissão forçada e habitua a criança e o jovem a viverem sob sua égide. Reiterado, gera modos permanentes e petrificados de ação. Produz não só uma personalidade submissa como também hábitos de comportamento físico tenso, que conduzem às doenças respiratórias, gástricas, sexuais etc. em função dos diversos tipos de estresses permanentes. (LUCKESI, 2011, p.42).

As atividades voltadas para os alunos devem seguir pressupostos de como o aluno aprende, levando em consideração o real, ou seja, o que o aluno já sabe para que sejam desenvolvidas novas aprendizagens dentro do concreto da criança. O professor ao verificar e tratar em sala de aula cada caso individualmente, percebendo as peculiaridades de cada aluno, estará agindo de maneira soberana e igualitária, tratando todos democraticamente, oportunizando o conhecimento a todos e agindo de modo a expandir o desenvolvimento a todos.

Não se aprende a experimentar simplesmente vendo o professor experimentar, ou dedicando-se a exercícios já previamente organizados: só se aprende a experimentar, tateando, por si mesmo, trabalhando ativamente, ou seja, em liberdade e dispondo de todo o seu tempo necessário (PIAGET, 1949 apud MUNARI, Alberto, 2010).

O trabalho de constatação e verificação do professor quanto à aprendizagem deve ser constante, pois é por meio de observações das atividades desempenhadas pelos alunos que o professor conseguirá avançar em seus propósitos, levando sempre em consideração a individualidade de cada um e objetivando sempre o caminho que deseja percorrer e o ponto de chegada, ou seja, o objetivo que almeja para cada aluno.

Também não podemos ter dúvidas de que a vida mental seja, simultaneamente, uma acomodação ao meio ambiente. A assimilação não pode ser pura porque, quando incorpora os elementos novos nos esquemas anteriores, a inteligência modifica imediatamente estes últimos para adaptá-los aos novos dados. (PIAGET, 2010, p.31)

Segundo Jussara Hoffmann (2009) "a avaliação subsidia decisões a respeito da aprendizagem dos educandos, tendo em vista garantir a qualidade do resultado que estamos construindo". A avaliação se torna, portanto, uma das ferramentas de maior importância para que a aprendizagem ocorra de forma efetiva e duradoura.

Se os dados obtidos revelarem que o educando se encontra numa situação negativa de aprendizagem e, por isso, possui uma nota ou um conceito de reprovação, usualmente, tem-se utilizado a primeira e, no máximo, a segunda opção; neste caso, registram-se no mínimo, os dados em cadernetas e, no máximo, chama-se a atenção do aluno, pedindo-lhe que estude para fazer uma segunda aferição, tendo em vista a melhoria da nota, e, nesta circunstância, deve-se observar que a orientação, no geral, não é para que o educando estude a fim de aprender melhor, mas estude "tendo em vista a melhoria da nota". (LUCKESI, 2011, p.51).

Ao avaliar o professor deve ter em mente que o objetivo maior de todo esse processo é a coleta de dados e informações, tal procedimento será muito importante para o desenvolvimento cognitivo do aluno. A tomada de decisão se dá a partir da avaliação, pois com os dados em mãos o docente saberá a qual procedimento recorrer, quais atividades seu aluno necessitará para aprender.

Descartar materiais padronizados, não levando em consideração a individualidade do aluno é necessário e se caso seja obrigatório seu uso, adaptá-los, fazendo com que se tornem adequados, respeitando o desenvolvimento construtivo do aluno, transformando assim o "lixo em luxo".

A eficiência na aprendizagem não depende só do aprendiz, mas, ao mesmo tempo, do ensinante e do sistema escola dentro do qual ele está inserido. Será que os baixos resultados não estão a depender do desempenho do educador, ou da metodologia que utiliza, dos materiais didáticos disponíveis, ou das carências presentes na administração da escola, ou do espaço físico aonde os educandos são atendidos; ou desse fatores todos juntos? (LUCKESI, 2011, p. 263).

A avaliação é um instrumento complexo, sem seu devido estudo e aperfeiçoamento o docente não poderá realizar de forma eficiente seu trabalho e sua missão de desenvolvimento cognitivo, intelectual e emocional. Capacitar os professores é a chave para desencadear conscientização, emancipação e educação de qualidade, respeitando o aluno, levando em conta sua individualidade e potencialidade, isso é determinante em todo processo.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A escola atualmente vem sendo palco de verdadeiras cenas de exclusão e marginalização dos educandos, tornando a avaliação ferramenta de tortura, traumas psicológicos, punição e medo.

O sistema capitalista faz com que a escola reproduza erroneamente dentro dela formas celetistas, que excluem os educandos, tornando-os marginalizados, recebendo "rótulos" e bullyngs. Porém, a escola tem que ser um lugar de aprendizagens significativas, dinâmicas e divertidas, o aluno deve ser visto como ser humano digno de respeito, membro de uma sociedade e protegido por leis que a regem.

O papel principal da escola é fazer com que o aluno aprenda e para que haja essa aprendizagem o professor necessitará de ferramentas eficazes que levem em conta a individualidade e a potencialidade de cada aluno.

A avaliação durante muito tempo veio sendo interpretada de maneira equivocada, como ferramenta para conceituar os alunos passando-os ou não de uma série/ano para outro subsequente, ou mesmo como meio de persuadir e preocupar para que estudassem, tornando-os responsáveis pelo conceito que obtivessem. Porém a escola é lugar de emancipação e respeito ao educando, visto que todas as leis existentes no Brasil o protege para que tenha um desenvolvimento digno, levando em conta suas individualidades, cabe aos professores respeitarem e fazerem com que seja cumprido o que está previsto nas leis vigentes.

Assim, observa-se que a avaliação é uma ferramenta que deve ser unicamente instrumento do professor para um planejamento e tomada de decisão de maneira a realizar suas atividades, verificando se o aluno está aprendendo ou não, caso o resultado seja insatisfatório o mesmo deve rever seu planejamento, mudando quando necessário e respeitando as individualidades de cada aluno, visto que cada um tem seu ritmo e maneira de aprender.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRASIL. Estatuto da Criança e do Adolescente. Lei 8.069/1990 de 13 de julho de 1990. São Paulo : CBIA, 1991.

HOFFMANN, Jussara Maria Lerch. Avaliação: mito e desafio: uma perspectiva construtivista. Porto Alegre: Mediação, 2009.

______________________________. Avaliação Mediadora: Uma prática em construção da pré-escola à universidade. Porto Alegre: Mediação, 2009.

______________________________. Avaliação na pré-escola: um olhar sensível e reflexivo sobre a criança. Porto Alegre: Mediação, 2009.

IPFLING, H. Vocabulário fundamental de pedagogia. Lisboa: Edições 70, 1974.

LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação da aprendizagem escolar: estudos e proposições. 22. ed. - São Paulo: Cortez, 2011.

MUNARI, Alberto. Jean Piaget, Daniele Saheb: tradução e organização, Recife: Fundação Joaquim Nabuco, Editora Massangana, 2010.

REGO, Teresa Cristina. Vygotsky: Uma perspectiva histórico-cultural da educação. 22. ed. – Petrópolis, RJ: Vozes, 2011.

SILVA, Ana Beatriz B. Mentes inquietas: entendendo melhor o mundo das pessoas distraídas, impulsivas e hiperativas. São Paulo: Editora Gente, 2003

Entrevista

Data comemorativa
Assunto
Ano

Selecione

A escola conectada com a vida do aluno

entrevista com Carlos Eduardo de Oliveira Klebis, publicada na edição nº 411, outubro de 2010.

Carlos Eduardo de Oliveira KlebisProfessor e supervisor de ensino na rede pública de Valinhos, SP.emiklebis@yahoo.com.br

Se a Educação é decisiva para os rumos de qualquer sociedade, o seu agente principal, o(a) professor(a), merece atenção especial. Com apoio, valorização e infraestrutura será mais fácil enfrentar os desafios que batem à porta dos mestres, numa sociedade em constantes e aceleradas mudanças.

Para a escola e o professor, é importante pergunta quem é o aluno?
Acho que esta é uma pergunta que muitas vezes as escolas não se fazem. "Quem é o aluno"? é uma pergunta que tem que ser feita não só de forma genérica, mas em cada sala de aula, em cada região do país, em cada realidade social diferente, porque essas pessoas são diferentes. Às vezes os próprios materiais didáticos de ensino não se questionam sobre isso. Por isso muitas vezes percebemos que há um descompasso entre o que a escola oferece e o que de fato é a cultura com a qual esses jovens estão mais em contato. Não se pergunta do que ele gosta, o que ele escuta, quem ele é.
Então os currículos devem considerar a cultura dos jovens?
A singularidade do ser humano está expressa em qualquer faixa etária. É preciso que professores e escolas procurem definir melhor de que maneira abordar a cultura desse jovem e como usar isso para construir pontes entre aquilo que a escola pretende e aquilo que o sujeito deseja ou espera da escola. Muitas vezes, no Ensino Médio, temos uma sensação de que é possível aprender quase tudo, e o jovem se percebe como alguém que ainda não sabe muita coisa, mas que é capaz de aprender qualquer coisa, desde que tenha acesso a isso e se interesse por isso. Mas os interesses são muitos. E quando a escola "descola", quando ela se separa da vida cultural dessas pessoas, ela se torna um espaço artificial. Trabalha conhecimentos que não são percebidos pelos jovens como conhecimentos que se conectam com a sua vida cotidiana ou com o seu universo de interesses, de expectativas.
Mas os conteúdos podem ser adaptados para cada realidade de forma diferente?
O que ensinar é uma coisa prédefinida culturalmente, nós temos uma matriz curricular do Ensino Médio. Mas há certas coisas que não estão nestas matrizes e são demandadas pelos jovens, coisas que eles querem conhecer e conversar. O currículo deve ser permanentemente revisto. Ele não pode ser estático, fixo. Ele não pode também ser construído somente em função do mercado de trabalho ou das expectativas da universidade. Ele tem que ser construído em cima de uma proposta da formação humana. Se pensarmos em função do mercado, o mercado vai começar a ditar o que a escola tem que oferecer. Tem muita coisa importante para a formação humana que não é importante para o mercado e vice-versa.
E os aspectos metodológicos?
Percebemos que os professores no Ensino Médio, especialmente no primeiro ano, muitas vezes, recebem alunos que são desconhecidos até na própria escola. Porém o planejamento é feito antes da chegada desses alunos. Por exemplo, em Literatura, os textos geralmente são escolhidos em função daquilo que é mais fácil, do que já foi trabalhado; o mesmo texto e da mesma forma. Assim, perde-se uma oportunidade muito importante de conhecer o que os alunos novos estão trazendo, o que já leram, o que gostariam de ler, que tipo de história, quais assuntos estão pulsantes nos seus discursos. Com esta metodologia de fazer planejamento anterior, em alguns casos o professor fica "amarrado", ele acaba tendo que dar sequência ao planejamento porque é cobrado inclusive pela família do aluno. Pessoalmente, percebi que essa estratégia pode não dar certo. Já fiz um planejamento para alunos de 5ª Série, que eu presumia serem alfabetizados. Mas me deparei numa turma com 19 pessoas não devidamente alfabetizadas, o que me impossibilitou uma sequência ao plano. O professor, às vezes, presume que o aluno já vem mais ou menos pronto. E daí, obviamente, não há projeto que se sustente apoiado num aluno virtual, concebido à revelia daquilo que realmente é a cultura da qual esse jovem participa.
Na relação entre professor e aluno, o que é importante?
O professor tem que ser educado. Se o aluno está tendo uma atitude inapropriada e o professor reagir com gritos ou expulsão, o aluno detestará cada vez mais o professor. Porque o aluno não tem maturidade suficiente para perceber que aquele gesto tinha o objetivo de fazer com que a sala toda prestasse atenção e aprendesse. O aluno toma como uma coisa pessoal: "O professor não gosta de mim, e se ele não gosta de mim, também não vou gostar dele". A escola, que é um microcosmo da sociedade, tem certas práticas muito esquisitas. A expulsão, por exemplo: se o aluno apresenta problema na escola, esta o expulsa. Não temos esse mecanismo na sociedade, não podemos expulsar pessoas. Penso que a escola precisa achar uma forma de lidar com esses alunos. O professor que tem uma boa relação com os alunos é aquele que procura dialogar com eles. Se houver um fechamento, as coisas tendem a piorar. Então, eu acho que ler livros, discuti-los, deixar os alunos falar é importante. É importante ouvir para também ser ouvido.
Como professor, quais foram os aprendizados que te marcaram?
Os alunos trazem coisas novas - músicas, leituras - que são objetos da cultura contemporânea, que pouco me interessariam se não fosse por esta relação. E como eles têm uma relação muito forte com estas coisas, eu preciso conhecêlas. Conhecer o que estão vendo e complementar que aquilo tem relação com outras coisas, amplia, enriquece a forma como eles vão ler aquilo daí pra frente. O professor tem que ter uma abertura de querer aprender também. O professor de Ensino Médio, por exemplo, tem que entender da música e das artes, de um modo geral, que são atrativas para essa faixa etária. Tem que procurar entender um pouquinho os posicionamentos políticos e ideológicos, as questões de relacionamento dessa faixa etária para poder dialogar com eles, para poder, inclusive, quando solicitado, conversar e aconselhar. Ninguém procura conselho com alguém que está totalmente distante. Muitas vezes o amigo que procuramos é aquele que nos compreende, porque partilha o nosso universo cultural de forma mais abrangente. Agora, o professor que fica lá distante no seu pedestal, que minimiza o drama que o aluno está vivendo - se o(a) aluno(a) está chorando por causa de namorado(a), por exemplo - precisa compreender que aquela pessoa está passando por uma fase dolorosa, emocionalmente complicada. O professor deveria ter a sensibilidade de conversar sobre estas questões de forma respeitosa, generosa.
É um relacionamento bem familiar?
Uma criança não precisa ser infantilizada. Um adolescente não precisa ser negligenciado e infantilizado também. A postura artificial não é bacana. É legal o professor realmente se preocupar com as questões que o jovem traz e conversar com ele de forma franca, como alguém que já foi jovem e já passou por algumas situações semelhantes. Hoje, existem outros elementos que o professor precisa conhecer para compreender melhor o jovem. Conhecer as redes sociais, como os jovens se relacionam através delas, o que elas trazem de bom, o que pode ser problemático... A escola é um espaço de informação. Mas não é só isso. É um espaço também para uma abordagem sensível, que faz com que se "quebre o gelo" e aproxime as pessoas.
Os professores têm que se "contagiar" para trabalhar numa mesma visão dentro da escola?
Se a equipe de professores se fortalece num comportamento acomodado ou insatisfeito, quando aparece um professor que mantém o entusiasmo e começa a puxar um e outro, isso começa a se tornar positivo e contagia os demais. Em qualquer relação social, quando encontramos uma pessoa que produz ideias, que se envolve com as coisas, que faz e acontece, nos empolgamos também e procuramos assumir uma postura de apoiar e de ajudar.

"O professor precisa gostar de gente"

Ser professor é uma profissão interessante. Em qualquer momento do ano, em qualquer horário do dia, em qualquer situação social, o professor é sempre o professor. Se você encontra o seu professor de dez anos atrás na rua, você espera dele uma postura de professor. Há uma expectativa em torno do professor para tudo. O professor é uma referência para o aluno, não somente dentro da sala de aula. Acho que o professor, nos intervalos das aulas, não deveria ficar numa “sala de professores”. Ali o aluno não o enxerga como alguém que tem uma relação interessante com aquilo que ele trabalha. E muitas das nossas escolhas têm a ver com essa coisa de ver alguém se envolver de tal forma com uma profissão que nos contagiou e nos estimulou a ir por aquele caminho. O professor precisa ter um envolvimento verdadeiro com o que trabalha. Se ele realmente gosta do que faz, é um professor que certamente tem menos problemas de relacionamento com os alunos.

A primeira vez que tive uma experiência de ensino foi quando vi, num semáforo, nove crianças que estavam pedindo dinheiro. Perguntei a elas por que ficavam ali pedindo dinheiro e também perguntei se estavam na escola, ao que responderam que não. Comecei a trabalhar com elas. A primeira coisa que me perguntaram é se ia ter bolacha. Então eu levava bolachas, a gente discutia, conversava, eu tocava violão para elas, contava histórias, ouvia música, desenhava, pintava... E depois de um tempo, uma dessas crianças olhou para mim e disse: “Nossa, que legal fazer isso!”. O olhar daquela criança, que é o olhar dos alunos em geral, é o que me deixa motivado. É o que faz você perceber que pode ser alguém que está ajudando o outro sem esperar, necessariamente, algo em troca no sentido imediato. Mas você percebe que está marcando uma relação como outro, que lhe pode ser importante futuramente.

O que me empolga de trabalhar como professor é estar no meio de pessoas. O professor precisa gostar e se preocupar com as pessoas. Por alguma razão, ao me preocupar com aquelas crianças, naquela época em que eu era jovem e não tinha nenhum interesse em ser professor (eu pensava em ser escritor), por conta dessa experiência eu percebi que seria professor.

A questão salarial é importante porque permite que pessoas mais bem qualificadas venham para essa profissão. Embora não seja o único fator, um salário bom atrai o profissional. Por isso a questão salarial é importante, mesmo não sendo determinante.

Acho que a relação professor-aluno é o grande motivador do professor. Se ele sente prazer nessa relação, vai ser um professor motivado, porque vai se comprometer com aquela criança, aquele jovem. Eu acho que o professor tem que “vestir a camiseta” do aluno, tem que estar do lado dele, entendê-lo, procurar se aproximar o máximo possível e ser amigo. E o aluno percebe isso. Quando o professor gosta do que está fazendo, ele se torna extremamente fascinante aos olhos dos alunos. A relação “apaixonada” do professor com o que ele trabalha e a forma generosa com que ele trabalha com os alunos é muito legal.

ESCOLA MUNICIPAL AMAURI SIQUEIRA MONTALVÃO

sábado, 23 de fevereiro de 2013

Gestão da Sala de aula - Celso Vasconcellos

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